Transcorrido mais de uma semana do anúncio oficial do governo estadual, sobre a reforma do estádio Aluizio Ferreira, este blogueiro traz enfim sua opinião ou sua análise com relação a tal fato. Mas, para isto eu fiz algumas pesquisas, e a torcida - principalmente a do Sport Club Genus -, também tem sua versão e, daqui para frente vamos colocar em tópicos o que eu penso, e o que meu leitor Arquiteto Gerson Saraiva, torcedor e integrante da T.O.G. rebate democraticamente.
Sobre a reforma do Aluizão
- O estádio Aluizio Ferreira será demolido, e será construído um Centro Olímpico que vai contar com: pistas de atletismo oficial e campo de futebol; revitalização da arquibancada com ampliação da cobertura; sala de musculação; sala de planejamento e cursos; quadras poliesportivas para prática de vôlei, basquete, futsal, tênis, camarotes, estacionamentos e a manutenção da castanheira considerada um patrimônio do estádio e da capital.
- E mais, a pista de atletismo medirá 400m será toda emborrachada com possibilidade de receber até o homem mais veloz do mundo o jamaicano Usain Bolt. Outro ajuste que contribuirá para o bem estar dos visitantes será a arquibancada que receberá um público de 3.500 pessoas. O projeto prevê acessibilidade com foco nas necessidades especiais.
- O campo de futebol será reduzido, mas seguirá parâmetros internacionais a fim de receber modalidades esportivas de todo o planeta. Uma equipe da SECEL juntos com Engenheiros do Deosp, visitou a Vila Olímpica de Manaus e "servirá como base do que será o futuro Centro Olímpico do Aluizão", disse a titular da SECEL Profª Mara Alves.
- O valor inicial da obra está orçado em 12 milhões de reais, segundo o diretor-geral do Deosp, Lúcio Mosquini, verba que virá do Pidise. Com aprovação do governador Confúcio Moura, o projeto segue agora para licitação da empresa responsável pela construção, e só a ela caberá o prazo de finalização da obra.
E agora vamos nós
Blog: para início de conversa, como desportista já estou dentro do futebol do estado/capital desde 1993, portanto, do 3º campeonato até o atual são 20 anos de labuta e, confesso meu sonho seria um estádio com 10mil lugares seria o ideal.
Mas, sempre tem um mas. Venho observando que, de uns cinco anos para cá em termos de futebol, não somente em Rondônia mas, no Brasil o público está desaparecendo dos estádios. Agora não é por isso que uma capital com 442.701 hab(IBGE-2010), que já não tem: viadutos, expovel, flor do maracujá e JOER não possua um estádio adequado.
Neste momento a vinda do Centro Olímpico Aluizão, será bem vinda e explico. Público e média de público na região norte - conforme pág. visitada dia 30 de março do site www.srgoool.com.br:
Acre - público de 1.240 pessoas com média de 620/jogo(*)
Amapá - não foi possível.
Amazonas - 3.561 pessoas com média de 890/jogo
Pará - 6.996 pessoas com média de 1.749/jogo(**)
Rondônia - 807 pessoas com média de 269/jogo
Roraima e Tocantins - não foi possivel.
(*) No Acre são rodadas duplas, p.ex. você paga para ver: Rio Branco x Galvez e Atlético Acreano x Náuas.
(**) Computados dois clássicos: Remo x Paissandu e Payssandu x Remo.
Claro que no Amazonas e no Pará, como vimos alguns jogos passam das 3,5mil pessoas que o novo Aluizão irá comportar.
Outra observação feita por este blogueiro é com relação ao valor estimado da nova obra, R$ 12mi. Com um pouquinho a mais o Acre construiu o Arena da Floresta, que esta semana recebe o Internacional-RS contra o Rio Branco pela Copa do Brasil.
Agora a opinião de meu convidado Arquiteto Gerson Saraiva
- Olha Luis, dias atrás o governo inaugurou o Deroche que fica a 300m do estádio com quadras, areia, campo, pista. Ai vai investir R$ 12mi no lixo, agora público para 3.500 pessoas nem em Ginásio, que vergonha, que dirá estádio de futebol.
Mas Gerson o maior público deste ano foi, Rolim 0 x 2 Genus com 299 pagantes
- Sei desse famoso ponto de vista. Porém, sou totalmente contra. Você quer comparar uma média de público para uma praça de esportes dígna da pena de hoje.
- É como se comparar o belo Porto Velho Shopping e seu elevado público com o finado Rio Shopping da Carlos Gomes. Quando quiseram construir um novo Shopping em Porto Velho, grande e bonito. Sabe o que disseram:
- Para que um Shopping desse tamanho, se nem o atual Rio Shopping dá gente. Veja quando as coisas são bem feitas, no seu 5º aniversário o Shopping PVH está fazendo uma grande reforma para amparar o público que só aumenta.
Insisto em falar sobre a média de público e, digo que o Shopping não tem iniciativa governamental
- Um estádio deve ser projeto não apenas para a população atual. Edifícios grandes assim não sofrem reformas constantes por isso devem ser projetados para atravessar gerações. Antes de eu nascer sei que o Aluizão levava milhares de torcedores (época de ouro do futebol amador), e por que deixaram de ir, justamente a falta de incentivo do poder público.
- Citei o Shopping Porto Velho relacionando-o ao prestigio da população, tínhamos o velho Rio Shopping às baratas como o Aluizão, foi neste sentido.
Agora Gerson o Prefeito da capital Dr. Mauro Nazif, chegou a manifestar-se no sentido de até encampar o Aluizão. Porém, com esta interdição e o projeto do também Médico Confúcio Moura, penso que sepultou de vez um estádio municipal.
- Não Luis, pelo contrário a salvação agora é o Dr. Mauro. As torcidas da capital tem que manifestar-se para que venha este estádio do município. Nós somos a 4ª mais populosa cidade da região norte, o 3º maior PIB.
- O atual governador se necessitar de votos do torcedor da capital para uma provável reeleição, pode tirar o cavalo da chuva. Um estádio com capacidade para 0,79% dos habitantes, negativo.
E os culpados por esta situação o qual se encontra o futebol da capital e, claro do estado. Vamos comentar...